Arquivo mensal: setembro 2017
Divulgando: Curso de extensão – Interseccionalidade, Feminismos e Decolonialidade: tramas e urdiduras
O GEPCOL (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Poder, Cultura e Práticas Coletivas) oferta anualmente um curso de extensão sobre temas em pesquisa qualitativa para estudantes de graduação da UFPE. Esse ano ampliamos a oferta também para estudantes de pós-graduação e teremos como tema “Interseccionalidade, Feminismos e Decolonialidade: tramas e urdiduras”.
Divulgando – Lançamento do livro: Lima Barreto – Triste Visionário – Lilia Moritz Schwarcz
Divulgando: Seminário de Sociologia – CRISE E POLÍTICA: desafios contemporâneos – Prof. Dr. Sidartha Sória
Divulgando: Curso (Programa de Pós-Graduação em Sociologia – PPGS – UFPE) Narrativas, Método Biográfico – Profª. Dra. Gabriele Rosenthal (University of Göttingen) e Dr. Artur Bogner (University of Bayreuth)
Iº Seminário de Pesquisadoras e Pesquisadores do Instituto de Estudos da África IEAf-UFPE
Nós do Instituto de Estudos da África temos o enorme prazer de agradecer a presença e a participação de todos que contribuíram para a realização e o sucesso do Iº Seminário de Pesquisadoras e Pesquisadores do Instituto de Estudos da África IEAf-UFPE, evento realizado entre os dias 11 e 13 de setembro de 2017, na Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco UFPE – Recife/Brasil.
Estudos pós-coloniais – Desconstruindo genealogias eurocêntricas – Inocência Mata
Estudos pós-coloniais Desconstruindo genealogias eurocêntricas – Inocência Mata
Resumo: O pós-colonial, termo que remonta aos anos 1970, só adquire, enquanto noção, substância conceptual a partir dos anos 1980, no mundo anglo-saxônico, particularmente com o hoje datado livro The empires writes back: theory and practice in post-colonial literatures (Ashcroft, 1989). Embora este seja um dos primeiros livros desta área de estudos (aliás, livro seminal que, pode dizer-se, está na origem da abertura a um campo de investigação, em retração hoje), e apesar de não existir uma teoria pós-colonial, o que parece aproximar as várias percepções deste campo de estudos é a construção de epistemologias que apontam para outros paradigmas metodológicos na análise cultural, sendo porventura a mais importante mudança a assinalar no campo dos estudos culturais (e literários) a análise das relações de poder, nas diversas áreas da atividade social caracterizada pela diferença: étnica, de raça, de classe, de gênero, de orientação sexual… Apesar disso, muitos estudiosos, particularmente de ex-impérios, convergem para a consideração de que os atuais estudos culturais, nomeadamente no âmbito da crítica pós-colonial, se reorganizam em outros alicerces, diferentes dos tradicionais, de antagonismos lineares e duais, que intentam perpetuar a supremacia de uma estrutura ideológica e histórica espácio-temporal. O objetivo deste ensaio é intentar o desvelamento dos meandros hegemônicos dos estudos pós-coloniais.
Inocência Mata é Doutora em Letras pela Universidade de Lisboa (Portugual), com pós-doutoramento em Estudos Pós-coloniais (Postcolonial studies, identity, ethnicity, and globalization, Universidade de Califórnia, Berkeley, EUA), professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas e investigadora do Centro de Estudos Comparatistas, núcleo de excelência, segundo FCT-PT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Portugal).
Este artigo retoma o tema da conferência proferida no ciclo Balanço literário da década no mundo lusófono, organizado por LiteraturaPnet e Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 29 set. 2011) e no PPG em Sociologia da UFPE (Recife, 30 out. 2012), com o título O pós-colonial como ideologia: os estudos literários e a ordem eurocêntrica (Mata, 2012) <mata.inocencia@gmail.com>.</mata.inocencia@gmail.com>
Palavras-chave: Pós-colonial. Construção epistemológica. Ideologia. Eurocentrismo. Hegemonia