
Haverá uma Roda de diálogo com os autores da Série Brasil África seguida de distribuição de exemplares.
Haverá uma Roda de diálogo com os autores da Série Brasil África seguida de distribuição de exemplares.
Resumo: A posição não central ocupada pela América Latina e pela África nas relações intelectuais em nível global conforma certas singularidades da produção do conhecimento nessas regiões, impondo tanto limitações quanto possibilidades de desenvolvimento crítico. O presente artigo busca desenvolver tais problemáticas a partir de dois momentos. De um lado, efetua uma discussão dos condicionantes sociais do processo de emergência da sociologia no Brasil e em África, propondo, para tanto, uma retomada das análises do brasileiro Florestan Fernandes e do moçambicano Elísio Macamo, sociólogos que dedicaram linhas preciosas à questão em pauta. De outro lado, numa análise comparativa das perspectivas dos dois autores, problematiza alguns desafios que se colocam hoje à sociologia produzida nessas duas regiões. O artigo aponta, contra perspectivas que advogam um pensamento “autóctone”, que a sociologia (e a produção intelectual, em geral será frutífera se tiver em mente um diálogo aberto com as tradições particulares de cada nação e com aquilo que é produzido globalmente; e que os trabalhos de Fernandes e Macamo, nesse sentido, são expressões concretas do que a sociologia pode alcançar quando expande seus olhares para além de limites nacionais.
* Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Professor do Departamento de Educação da UFRPE.
Palavras-Chave
Sociologia. Brasil. Moçambique. Florestan Fernandes. Elísio Macamo.
O II Simpósio Internacional de Geografia do Conhecimento e Inovação, trata-se de uma ação articulada entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco SECTI-PE e o Grupo de Pesquisa em Inovação, Tecnologia e Território – GRITT, da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. O II SIGCI pretende contribuir para o reconhecimento, aproximação e intercâmbio entre os pesquisadores interessados em reflexões conceituais e observações empíricas em torno da Inovação Inclusiva, particularmente no âmbito de regiões e nações menos desenvolvidas, assim como o estímulo ao debate interdisciplinar. Ao mesmo tempo, a interlocução entre pesquisadores, lideres e empreendedores sociais de comunidades locais, foi pensada como parte do processo de construção de uma agenda de pesquisa e políticas públicas a que se pretende chegar ao final do evento.
Com este propósito o II SIGCI contará com quatro sessões temáticas com chamada de trabalhos, além das quatro mesas redondas com palestrantes convidados e debatedores. Está também prevista uma visita técnica ao Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA, no município de Glória de Goitá – PE.
As sessões temáticas para as quais a chamada de trabalhos se dirige são as seguintes:
O II SIGCI terá como público alvo, além dos pesquisadores e estudantes das diversas áreas de conhecimento, gestores públicos e formuladores de política em CT&I.
Informações: http://www.secti.pe.gov.br/sigci/
A participação do Estado e Ensino Superior no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau Arnaldo Sucuma*
Resumo: Este artigo consiste num trabalho de pesquisa onde se propõe a estudar o processo de construção do Ensino Superior e sua relação com o Estado da Guiné-Bissau de 1974 a 2008. O trabalho tem como objetivo analisar os efeitos da institucionalização do Ensino Superior no desenvolvimento da Guiné-Bissau. A pesquisa aborda a relação do Estado com o Ensino Superior na Guiné-Bissau, discutindo fundamentalmente as possibilidades, dificuldades e desafios e possibilidades que existem no processo de institucionalização do ensino superior, buscando compreender o impacto deste processo no desenvolvimento socioeconômico e político da Guiné-Bissau após a sua independência política. O trabalho também procura fazer um breve resgate histórico sobre as primeiras universidades na África e nos países da África que fala português como a língua oficial. Nesta ordem de ideias, o estudo utilizou-se do método qualitativo, acompanhado de questionários semiestruturados implementados mediante as entrevistas realizadas na Guiné-Bissau, bibliografias ligadas ao Ensino Superior, documentos oficiais do Ministério da Educação guineense. Em termos de resultados, espera se estimular e/ou provocar uma reflexão mais comprometida com a qualidade do Ensino Superior guineense a partir da pesquisa, extensão e ensino, que ajuda o ensino superior público a promover o desenvolvimento do país, como também torná-lo mais competitivo no âmbito da pesquisa e produção do conhecimento cientifico a nível sub-regional e internacional. Conclui se que a Guiné-Bissau precisa construir um sistema do Ensino Superior capaz de dar respostas aos obstáculos que afetam o desenvolvimento do país.
*Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco.
Palavras-chave: Guiné-Bissau; Ensino Superior; Estado; Conhecimento científico; Desenvolvimento.