Instituto de Estudos da Ásia promove palestras sobre as relações sino-africanas e a participação da China em operações de paz

Temos o prazer de convidar a todos para as palestras “NOVAS CONFIGURAÇÕES DAS RELAÇÕES SINO-AFRICANAS: O SETOR ENERGÉTICO EM PERSPECTIVA COMPARADA” – do mestrando João Ricardo Cumarú – e “A PARTICIPAÇÃO DA CHINA EM OPERAÇÕES DE PAZ: O CASO DO SUDÃO DO SUL” que será ministrada pelo Professor Renan Montenegro.

O evento está marcado para o dia 09.07.2018, às 14h no Auditório do 3º andar do CFCH.

asia

“NOVAS CONFIGURAÇÕES DAS RELAÇÕES SINO-AFRICANAS: O SETOR ENERGÉTICO EM PERSPECTIVA COMPARADA”

O comércio China-África cresceu exponencialmente desde o início dos anos 2000, se expandindo para outras dimensões de desenvolvimento, política e cultura ao longo dos anos. Em 2013, o volume total do comércio sino-africano ultrapassou os US$ 210 bilhões. Todavia, entre 2014 e 2015, as importações chinesas de bens africanos caíram 42%, devido, principalmente, à queda no preço das commodities, entre elas o petróleo, principal produto de exportação dos países africanos para a China.

Na busca pelo aumento de sua influência política e econômica na África, os chineses passaram a financiar grandes obras de infraestrutura, restaurar serviços básicos em países que fecham acordos com empresas chinesas ou tornam-se fornecedores de recursos naturais, principalmente petróleo. Esta forma de atuação passou a ser chamada genericamente de diplomacia do petróleo. Atualmente, em torno de 43% da pauta exportadora da África para a China é dominada pelo petróleo e derivados, além de produtos minerais e metais de base, o que evidencia o foco na busca da China pelo fornecimento de recursos energéticos.

“A PARTICIPAÇÃO DA CHINA EM OPERAÇÕES DE PAZ: O CASO DO SUDÃO DO SUL”

Não é simples generalizar os determinantes da contribuição chinesa para missões de paz. Desde que enviou o primeiro contingente de observadores, já no final do século passado, a China têm participado de operações das mais diversas, incluindo em países cujas relações diplomáticas não são das melhores (Haiti e Libéria), passando por repúblicas separatistas (Kosovo) e missões intervencionistas (Darfur). Apesar de a literatura levantar algumas categorias explicativas – proteção de interesses no exterior; exposição operacional para as forças armadas; benefícios em termos de reputação e construção de identidade –, o fato é que flexibilidade dá a tônica dessa faceta da inserção internacional chinesa. Assim, parece cada vez mais claro que a decisão de enviar tropas para operações de paz não segue uma grande estratégia, mas é avaliada caso a caso.

 

Deixe um comentário