Sobre a ANPOCS
Fundada em 1977, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), entidade de direito privado sem fins lucrativos, reúne mais de uma centena de centros de pós-graduação e de pesquisa em antropologia, ciência política, relações internacionais, sociologia, de todo o Brasil. Diferentemente de outras associações científicas, a Anpocs é composta por sócios institucionais e não por pesquisadores individuais. Nossos afiliados contam com mais de 1200 professores universitários e pesquisadores, profissionais de alto nível, além de milhares de estudantes de mestrado e doutorado em centros localizados de norte a sul do país.
A Anpocs representa uma expressiva parcela da inteligência e da intelectualidade brasileiras. Tem a capacidade de lançar mão de um amplo conhecimento acumulado sobre as mais variadas questões locais, regionais, nacionais e internacionais a partir de pesquisas e reflexões baseadas em diferentes pontos de vista disciplinares.
A interdisciplinaridade é uma marca dos seus encontros profissionais, realizados anualmente desde 1977. Hoje, reúnem cerca de 2000 participantes. A associação mantém o mais importante periódico de sua área no Brasil – Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS) –, contando também com números especiais em inglês. Ao longo de mais de três décadas, também vem publicando livros que se tornaram referências no âmbito das ciências sociais. Entre suas iniciativas de grande alcance, estão os tradicionais prêmios anuais de melhores teses de doutorado, dissertações de mestrado e obras científicas. O prestígio e a importância da Anpocs são reconhecidos nacional e internacionalmente.
A ANPOCS realizará seu 43º encontro entre os dias 21 e 25 de outubro em Caxambu – MG, Brasil.
Para mais informações, acesse: http://anpocs.com/index.php/43-encontro-anual-2019
Divulgando – Seminário temático:(Re)Pensar as ciências sociais na era dos radicalismos: trânsitos sul-atlânticos e (des)conexões entre África e Brasil
Coordenação: Luena Nascimento Nunes Pereira (UFRRJ), Patrícia Alexandra Godinho Gomes (CEAO/UFBA)
O novo milênio inaugurou um período relevante nas Ciências Sociais no Brasil, tendo constituído um marco importante nas relações de produção intelectual entre Brasil e África. O esforço tem sido o de ampliar o conhecimento empírico e refletir sobre novos pressupostos teórico-metodológicos que possibilitem novas orientações nos estudos sobre África. Não obstante a visão colonial e colonizadora intrínseca às Ciências Sociais, existem sinais positivos para a construção de um conhecimento emancipado e situado de novas abordagens a partir de proposições de intelectuais do sul global. Se avanços puderam ser observados nos estudos africanos, o novo contexto político de ambos os lados do atlântico não parecem indiciar caminhos fáceis visando a consolidação do percurso até então feito. De igual modo, tem-se assistido a emergência de novas formas de populismo que vêm aprofundando clivagens políticas e identitárias, impactando o mundo na sua totalidade. Neste contexto nossa proposta é que esta Sessão Temática possa pôr em circulação não apenas o estado da arte dos estudos africanos no Brasil mas as determinantes e as implicações desses novos extremismos políticos e identitários e os desafios que colocam ao futuro dos estudos africanos. Este ST propõe a apresentação de trabalhos que reflitam sobre estes processos em diferentes contextos africanos como também sugerir caminhos em termos de abordagens analíticas como escrutinar e buscar alternativas de aprofundamento desta área de estudos.