Chamada para painéis – III Conferência Internacional Ativismos em África – Paz, Direitos e Novas Redes | Recife, 2021

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III Conferência Internacional Ativismos em África

Paz, Direitos e Novas Redes

Recife, 2021

Numa fase histórica em que o continente africano está vivendo grandes transformações, que em muitos casos ameaçam os espaços de liberdade individual e coletiva conquistados com grandes esforços mediante as lutas anticoloniais, a sociedade civil e nomeadamente os movimentos sociais representam o elemento fundamental para levar a frente um projeto de sociedade inclusivo e justo. Para compreender melhor tais lutas, analisando suas caraterísticas, inovações e capacidade de criação de redes solidárias, o Instituto de Estudos de África da Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade Federal da Paraíba, o Centro de Estudos Internacionais do Iscte (CEI-Iscte) e o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC) de Bissau promoverão nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro de 2021, a 3ª Conferência Internacional Ativismos em África, no qual serão debatidos os novos perfis do ativismo social no continente africano e as perspetivas de mudança trazidas pelos mesmos.

Chamada para submissão de painéis – 01/04/2020 a 31/05/2020

A comissão organizadora da 3ª Conferência Internacional Ativismos em África receberá propostas de painéis temáticos a partir do dia 1 de Abril até o dia 31 de Maio do corrente ano.

Os painéis devem ter uma ligação com um dos seis eixos temáticos da Conferência e com interesse para a discussão dos movimentos de ativismo no continente africano:

Eixo 1: Ativismo, Movimentos Sociais e Política

– Resistência e contestação social
– Ativismo e processos de democratização
– Repensar a dimensão do Político em África

Eixo 2: Ativismo, Terra e Meio Ambiente

– Movimentos sociais e direito de posse e uso da terra
– Movimentos sociais e gestão ambiental sustentável
– Movimentos sociais e mega-projetos
– Movimentos sociais e redes de resistência e solidariedade: nível nacional, continental e transnacional

Eixo 3: Ativismo e Paz

– Movimentos sociais africanos em busca da Paz
– Movimentos sociais, conflitos internos e ameaças transnacionais
– Redes transnacionais para a Paz

Eixo 4: Ativismo e Direitos Humanos

– Direitos políticos
– Direitos sociais
– Direitos civis
– Direitos culturais

Eixo 5: Diáspora e Redes Transnacionais

– Redes de ativismo transnacional
– Redes de ativismo continental e Sul-Sul
– Movimentos de ativismo na diáspora

Eixo 6: Ativismo e Arte

– Artes visuais
– Cinema
– Música e artes performativas
– Literatura

São incentivadas as contribuições interdisciplinares e que procurem acolher trabalhos que tenham uma forte componente empírica.

Inscrições e mais informações estão disponíveis na página da Conferência:

https://activismsinafrica21.wordpress.com/

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Webinar: Educação e Relações Étnico-Raciais em Tempos de Pandemia:

Divulgação:

Webinar: Educação e Relações Étnico-Raciais em Tempos de Pandemia: Diálogos Entre Saberes

Ocorrerá entre os dias 26 de Maio à 30 de junho de 2020 na Plataforma de transmissão Jitsi Meeth (https://meet.jit.si/erer2020)

Serão emitidos certificados para os ouvintes inscritos em cada uma das mesas. Links para inscrição abaixo:

Mesa 01 – Juventude Indígena: Lutas e resistências – https://bit.ly/2TgJVZj
Mesa 02 – Medicinas Indígenas: Saúde, Doença e Pandemia – https://bit.ly/2zPMtXg
Mesa 03 – Povo Negro e Covid-19 – https://bit.ly/2zT0fsb
Mesa 04 – Povos de Terreiro e Covid-19 – https://bit.ly/2zKcp6O
Mesa 05- Quilombos, racismos e (re)existências- https://bit.ly/2AMsXvv

 

Dossiê Exílio e afastamento: considerações sobre uma hermenêutica da distância? – O exílio africano de Paulo Farias (África Ocidental, 1964-1969) – Luiza Nascimento dos Reis

O exílio africano de Paulo Farias (África Ocidental, 1964-1969) – Luiza Nascimento dos Reis*

Resumo: Paulo Fernando de Moraes Farias é historiador brasileiro com renomado trabalho desenvolvido no Centre of West African Studies, da Universidade de Birmingham. Sua longa trajetória de residência e pesquisa no Reino Unido se deu após anos decisivos, em que viveu em diferentes países da África Ocidental. Perseguido politicamente pela ditadura civil-militar brasileira instaurada em 1964, Farias deixou o Centro de Estudos Afro-orientais (Ceao) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e vinculou-se sucessivamente a diferentes instituições acadêmicas em Gana, no Senegal e na Nigéria para desenvolver pesquisa no emergente campo da história africana. Neste texto, amparado em três entrevistas concedidas por Farias e em diversas correspondências depositadas em acervos do Ceao e da Fundação Pierre Verger (FPV), discutimos os dilemas, as descobertas e os diálogos do jovem historiador em seu exílio africano entre 1964 e 1969.

Palavras-chave: Exílio; África Ocidental; Paulo Farias.

Luiza Nascimento dos Reis [*]Universidade Federal de Pernambuco — Recife (PE), Brasil